O Livro de Eli: Retratos do Futuro


Em Janeiro de 2007, eu começei a trabalhar no meu segundo livro ao mesmo tempo em que trabalhava no primeiro. Eu o intitulei "Crepúsculo de Bronze". O pano de fundo é o mundo desértico pós holocausto nuclear e a personagem principal um judeu cego que cruza os EUA em busca de uma relíquia mística sagrada que ajudará a reustaurar o mundo destruído pós 3ª Guerra Mundial. Escrevi mais de 100 páginas e guardei-o de lado para concentrar-me na primeira obra: Crônicas de Qédem.

Qual a minha surpresa quando "The Book Of Eli (O Livro de Eli)" foi lançado? Eu fui tomado de tamanho espanto, pois jamais havia revelado a qualquer pessoa que trabalhava em "Crepúsculo de Bronze" e a semelhança da personagem Eli com a personagem "David Nevuá (O Oráculo)" fez-me ver que não era um acaso, mas uma mensagem do futuro.



Eis aqui alguns trechos da minha obra ainda não terminada e nem publicada: "O gigantesco cogumelo atômico ergueu-se a 32 quilometros queimando os céus do Oriente Médio por longos sete minutos, seguido por seis outros nos continentes restantes do planeta, no exato intervalo em que durara o primeiro, um após o outro, dando inicio à era do crepúsculo. Em quarenta e nove minutos todas as cidades dos principais países do mundo estavam em chamas e quase, quase tudo fora reduzido a cinzas, com exceção do Marrocos e algumas outras republicas e reinos, que não possuíam armamento atômico. No minuto seguinte às imensas detonações, toda a humanidade já havia atingido o qüinquagésimo degrau da negatividade – com chamavam os antigos livros, armazenados agora em pergaminhos eletrônicos, o ápice da escuridão que alguém poderia atingir. A inteligência artificial fora programada para detonar todos os artefatos atômicos do planeta, no caso de um ataque ao Estado Político de Israel. Batizado de “Projeto Gideon” incluía o lançamento de trezentas ogivas nucleares contra dez países inimigos, e que fora modificado posteriormente quando o “S.Q.M.M – Sensitive Quantic Machine Machshev” em atividade em um complexo militar construído no Negev, assumiu o controle de todos os armamentos nucleares do mundo. Se existiam “fantasmas na máquina”, esta fora a prova definitiva. Do outro lado, religiosos dogmáticos diziam – “E foi-lhe dado comunicar fôlego à imagem da besta...” citando as palavras do antigo Livro da Revelação.
Homens, máquinas humanóides, hardwares inteligentes e replicantes travariam durante anos, uma batalha pela sobrevivência de suas raças, pela escassez de alimentos e água, num mundo desértico pós apocalíptico.
Doenças radiológicas assolariam o mundo durante décadas, a não ser que um milagre purificasse a atmosfera, e devolvesse o planeta ao seu estado edênico original, mas isto seria algo quase impossível.
“Homem nenhum deveria confiar em milagres” – dizia um antigo livro da sabedoria. Milagres são resultado de conhecimento transformando em habilidade, e não uma simples questão de Fé religiosa e dogmática, como pregavam a maioria das religiões, agora extintas. Para que a atmosfera fosse totalmente regenerada, seria necessário alguém extraordinário, que possuísse o Conhecimento e que fosse capaz de transformá-lo em ação. Mas, pessoas extraordinárias agora eram uma lenda, e mesmo antes do Crepúsculo já eram uma raridade.
Fé? O mundo já não conhecia esta palavra, e mesmo antes do Holocausto Nuclear sequer sabiam o seu verdadeiro significado. Numa época de tamanha escuridão as pessoas apenas queriam sobreviver, e para sobreviver, fariam qualquer coisa.
A humanidade havia encontrado finalmente a ferramenta que os ajudaria a conhecer e discernir as criaturas sem alma dos verdadeiros seres humanos: As trevas!



Num outro trecho da minha obra, surge uma personagem profética, um homem afro americano (negro), pregador místico com uma mensagem:

“Naquele dia não haverá luz, mais frio e gelo”.

Esta será a praga com que o Eterno ferirá a todos os povos que guerrearem contra Jerusalém: A sua carne apodrecerá estando eles de pé, apodrecer-se-lhes-ão os olhos nas suas órbitas, e lhes apodrecerá a língua na boca
– Profecia de Zacarias

Fora escrito acima da porta de entrada do que sobrou das ruínas de uma velha igreja protestante, agora um refugio para remanescentes humanos, a maioria com terríveis mutilações provocadas pelos efeitos da radiação. Para muitos uma simples citação da “A.C.B”, para outros, uma clara alusão às poderosas detonações atômicas que colocaram o mundo na era do Crepúsculo.
A América já não existia como antes, a bomba detonada em solo americano colocara as explosões de Horoshima e Nagasaki no Japão em 1945 como uma nota de rodapé em um jornal.
- “Não vos enganeis: de D´us não se zomba – gritava um velho pastor protestante, e completava: - “pois tudo aquilo que o homem semeou”... oh! Isto também ele colherá!”.
Aquele homem negro de 72 anos e de barbas longas e grisalhas não era um simples religioso. Houvera sido um físico nuclear, filho de um dos cientistas do projeto manhatam.  Tinha 59 anos quando os cogumelos se ergueram na crosta da Terra.
- “Sabem o que é isto?” – perguntava às vezes. – “isto é o código 566”.
Dizia isto devido ao valor numérico do nome Hiroshima, em hebreu “566” e que não por acaso também era o mesmo da palavra Tikun[1].
- Ora! Cale-se seu velho tolo! Disse um homem calvo e com apenas uma das mãos, a direita. – Por que sempre diz esta baboseira?
- Porque se nós tivemos ouvido as “pequenas vozes” que por décadas nos avisaram, não estaríamos nesta realidade. – respondia sempre o pastor.
As “pequenas vozes” foram os discursos e advertências dados pelos místicos de muitas épocas, e que sempre eram suprimidas pelas religiões. Religiões estas, que agora eram apenas uma lembrança, pois um novo e poderoso Dogma surgira e seu líder era ameaçadoramente assustador.
- Você ouviu sobre o culto? – perguntou o calvo enquanto tentava acender uma bituca de cigarro de palha, difícil para alguém com apenas uma das mãos.
- culto? Que culto? - Devolveu o pastor? Fazendo-se passar por tolo. O calvo olhou para o poente durante alguns segundos e disse: - o culto das máquinas – e completou a seguir: - elas estão vindo...
- é verdade – disse o pastor enquanto seu pensamento perdia-se no poente do sol cor de bronze. Disse isto porque, estranhamente, ele fez parte de um projeto nos anos anteriores ao crepúsculo que dera origem aos primeiros hardwares inteligentes do mundo. Agora, o passado mostrava-se no horizonte como um enorme fantasma saindo do armário da humanidade para assustar os homens.

- “Não vos enganeis: de D´us não se zomba... pois tudo aquilo que o homem semeou...” – balbuciou novamente.



[1] Literalmente “Correção/Karma.


Então, a personagem David Nevuá é apresentada: 

- Ele está vindo – disse um humanóide para um humano calvo e de feição carrancuda no que sobrou de um bar em Houston, no Texas. Antigas fotos desbotadas de espaçonaves e astronautas americanos permaneciam nas paredes, como uma lembrança do nível que atingira a devastada nação sob a liderança daquele homem justo que fora assassinado em Dallas.

– Ele? Perguntou o homem. – sim – respondeu o humanóide, e completou – eles o chamam de “Oráculo”.

David Nevuá era o seu nome. Meio homem, meio máquina, perdera a visão por causa da radiação e recusara os olhos biônicos que lhe ofereceram. Uma faixa de trapos velhos cobria as órbitas agora preenchidas com olhos de silício transparente, que apenas podiam ser vistos quando na ausência dos trapos e do traje especial contra radiação.

Ele fora feito um Cyborg devido ao acidente de avião que sofrera, e que vitimara Gabriele, sua esposa e Thomas, seu filho de treze anos.  Apesar de ter rins, pulmões, braços, pernas e coração biônicos, não desejava mais nenhum outro. O casamento com Gabriele durara dezesseis anos e frutificara para o bem.

Algo realmente estranho acontecera no momento em que o avião caíra. O aparelho cruzara uma tempestade de granizo com pedras do tamanho de bolas de tênis. O local da queda fora no Novo México, em Alamogordo – palco do primeiro teste nuclear da historia, onde a areia transformara-se em vidro devido ao calor gerado pela detonação. Enquanto os investigadores de acidentes aéreos examinavam o que sobrou da fuselagem destruída do jato, encontraram ao sul uma pequena cidade chamada “Santa Blanca”, e fora este achado que assustara todo o país. Imagens exibidas pelos noticiários de tevê a cabo, mostraram uma cidade complemente enterrada no gelo junto com todos os seus habitantes, incluindo crianças, animais e plantas.
Na principal igreja da cidade, os peritos encontraram enterrado no gelo um selo feito de iridium, como determinou a investigação, gravado com um estranho símbolo que não fora reconhecido por ninguém.
Um velho monge trazido da Rússia, especialista em símbolos antigos, disse com os olhos esbugalhados ao vê-lo pela primeira vez:

- Melhor nos será a morte do que conhecer o dono deste selo – disse.
- Por que dizes tal coisa? Perguntou um dos investigadores encarregado de encontrar, transportar e proteger o velho padre.

- Eu digo isto porque, o dono deste selo já transformou cidades inteiras em sal, e destruiu outras através do fogo.

- Quem é ele? Perguntou o investigador enquanto tentava transparecer calma diante das palavras do velho.

- Gabri´El! – disse o monge olhando fixamente para o selo que segurava na mão esquerda.

Oráculo? - perguntou o homem enquanto uma velha “cabeça hardware” limpava com seus tentáculos feitos de titânio um velho copo de vidro trincado.

– dizem que ele não tem olhos, mas que enxerga assim mesmo. Visão mental, comentam – respondeu o humanóide.

- mais um drink senhores? – perguntou a velha cabeça de olhos telescópicos vermelhos.

Água destilada, capturada da umidade do ar durante a noite, era o que bebiam.



- Conta a lenda que ele se recusou a desviar o olhar quando o cogumelo se ergueu em New York – disse o humanóide enquanto fitava aquele crânio de titânio cujos olhos se moviam freneticamente.

- esta coisa me deixa arrepiado – disse o humanóide enquanto apontava com o indicador direito para a velha cabeça.

- Irônico da sua parte, e seria no mínimo engraçado, se você não fosse também uma maquina – disse o humano enquanto fitava também a velha cabeça.

- há há há! – ouviu-se vindo do humanóide. – era pra rir, não era? – perguntou.

David era aquele brilhante cientista que recebera e decodificara o documento que viera do futuro, e durante anos tentara avisar as autoridades mundiais e a humanidade acerca do perigo eminente.

- E se eu tivesse adiando aquela viagem? – perguntava sempre a si mesmo o brilhante cientista, e ao mesmo tempo as estranhas palavras enviadas junto com o pergaminho, ressoavam em sua mente: “O Samim prolongará a vida, o Samim ampliara a consciência”.



Esta resposta seria encontrada quando o Samim fosse descoberto. Mas o que era o Samim? Perguntara a si mesmo. Com seu pouco conhecimento de hebraico, adquirido durante os anos de preparação para o seu “Bar-Mitzva”, tentara descobrir o significado, mas a única coisa que sabia era que, Samim era plural do termo “Sam” e que significava “Especiaria”.

Mas, o que era a “Especiaria”? certamente não era um perfume, isto ele já verificara.



Ainda mais à frente, outra personagem surge: Natasha Israelova. Uma judia russa que é a chave para a reliquia sagrada, e ai a coisa começou a ficar sinistra. Em 8 de Novembro de 2010 eu começei a receber misteriosamente emails de uma certa "Natalia", uma jovem russa que estava a procura de corresponder-se com outros. Depois de muitos emails e conversas, Natalia começou a apresentar-se melhor. Enviou-me fotos da sua cidade natal na Russia, Sarov, uma cidade federal nuclear. Fiquei boque-aberto quando soube que era morava numa cidade federal nuclear na Russsia, conhecida antigamente durante do regime soviético como Arzamas-16. De fato, Natalia é o diminutivo russo de "NATASHA", assim, explicou-me a própria jovem. Comecei a perceber que estava canalizando o futuro da humanidade quando iniciei a obra "Crepúsculo de Bronze". Natasha era apenas uma "sombra" do futuro que estava por encontrar-me. 


O Monastério de Sarov em 1910





Um modelo da "Bomba Tsar" a maior bomba atômica já testada pela ex-União Soviética, exposto no museu da Bomba Atômica em Sarov.



O teste da Tsar Bomba - O maior teste atômico já realizado pela ex-União Soviética: 57.000.000 de toneladas de TNT.


Em 2008 eu havia conhecido uma NATASHA, mas jamais trocaria qualquer palavra com ela até o inicio de 2012.

No conto Crepúsculo de Bronze a jovem NATASHA tem um dos seus 32 óvulos fecundado in-vitro para gerar o corpo para a alma do messias. A gestação ocorre em um útero cibernético construído unicamente para este processo.

Quando eu e NATASHA começamos a conversar, ela me contou que era professora de cibernética em uma escola no interior de São Paulo. Novamente fique estarrecido. Instintivamente também percebi que, NATASHA tinha ascendência Russa, o que me foi confirmado por ela própria. Tudo o que eu havia canalizado e escrito estava se cumprindo minuciosamente. Assustador...

"Não há como fugir do destino. Quando estivermos pronto ele nos encontrará, e não minha humilde opinião é melhor estarmos prontos".


Estudando sobre o filme "O Livro de Eli" descobri que ele começou a ser produzido em Janeiro de 2007, mesmo mês e ano em que me debrucei para escrever Crepúsculo de Bronze.

Então, o pastor negro que prega sobre as vozes do passado que avisaram sobre o holocausto nuclear, junta-se ao judeu cego, formando uma única personagem: O afro americano cego "Eli" que cruza os EUA carregando uma reliquia mística sagrada. Acaso? Ou este é o futuro que está por vir, e Dús está nos avisando sobre a 3ª Guerra Mundial e sobre o Shoá Atomit (Holocausto Atômico)?

Se não bastasse isto tudo, em Fevereito de 2012, fizemos o retiro místico, e estudando o Zohar durante estes dias, descobri que tudo isto já estava lá, profetizado. Escrevi então o artigo "O Zohar e a Bomba Atômica" que criei o vídeo "O Legado de Oppenheimer", que podem ser emcontrados ambos aqui no blog.

Encontrei então, um código na Torah que postei no Facebook sobre o Holocausto Atômico e quem de fato o deflagará. Ei-lo:

 Clique na imagem para aumentá-la


Zacarias 14:6

Na cena 4 do DVD lançado no Brasil, quando Eli passa sob a ponte um pouco antes da sua primeira batalha com os sequestradores que querem matá-lo e devorá-lo, acima, na ponte esta escrito em uma placa amarela em números pretos:

14:6

Quando eu o notei, gelei dos pés à cabeça, pois soube instintivamente que estava se referindo secretamente ao livro Biblico de Zacarias capítulo 14 verso 6: "Naquele dia não haverá luz, mas frio e gelo". Eu o havia usado no começo de Crepúsculo no capítulo em que o pregador negro é apresentado. Frio e gelo devido ao inverno nuclear que se segue ao escurecimento do sol devido aos escombros nucleares lançados na atmosfera.

Eu vou continuar este artigo, mas quero que você preste atenção aos sinais, as vozes que D'us está enviando para nos avisar do que está por vir...

Atualização
10/11/2012





CREPÚSCULO DE BRONZE



O LEGADO DE OPPENHEIMER


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